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Apenas o MS, outras seis controladorias estaduais e a CGU possuem agora o nível 2 do IA-CM no Brasil, ferramenta estratégica para a administração pública
Mato Grosso do Sul conquistou mais uma importante validação referente à transparência dos atos públicos e aos processos de controle da gestão, entrando em um grupo seleto de sete estados com o nível 2 do Modelo de Capacidade de Auditoria Interna (IA-CM). A autenticação, reconhecida internacionalmente, foi recebida pela CGE (Controladoria-Geral do Estado) na semana passada.
Recomendado pelo Conaci (Conselho Nacional de Controle Interno), o modelo conta com cinco níveis e percorre mais de 40 macroprocessos. Seu reconhecimento ao Mato Grosso do Sul gera mais confiabilidade do sistema de controle interno, algo visto com bons olhos por instituições internacionais como o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e do Banco Mundial.
Para o controlador-geral Carlos Eduardo Girão de Arruda, a conquista é fruto de muito trabalho e dedicação, atribuindo o progresso nesse campo a três fatores preponderantes para que o trabalho de desenvolvimento de Mato Grosso do Sul como um todo seja realizado de forma plena e consisa, saindo do campo das intenções e chegando à execução.
“Um dos fatores é o envolvimento de todos os auditores do Estado, o outro é a percepção da importância da melhoria de processos como forma de garantir um resultado mais efetivo e, cientificamente, embasado. Por fim, o último fator é a designação de um auditor com dedicação exclusiva para compreensão dos macroprocessos, estudo comparativo e aplicação em cada uma das etapas do processo de auditoria”, destaca Girão, reforçando ainda que Mato Grosso do Sul está na trilha certa.
“É um caminho com muito esforço e todos estão cientes disso. Com o reconhecimento dessa passagem para o nível 2 fortalecemos o espírito para continuar perseguindo melhorias nos processos de auditoria. O propósito é que alcancemos maior eficiência de maneira contínua. É importante considerar, também, que Mato Grosso do Sul passou a ter um reconhecimento maior dos resultados do trabalho de auditoria em âmbito nacional, já que no Brasil são poucas as unidades que ostentam o nível 2 no IA-CM”, conclui.
A autenticação confirma o aperfeiçoamento dos processos de governança, gestão de riscos e controles, e segundo a auditora-geral do Estado de Mato Grosso do Sul, Patrícia Helena Campos Leite Salamene, o resultado traz credibilidade para a CGE-MS, sim, mas principalmente para o Poder Executivo Estadual.
“É uma garantia a mais na concessão de apoio financeiro para o desenvolvimento de projetos, pois a validação significa o atendimento das normas internacionais de controle interno e, portanto, corresponde à melhoria contínua das atividades desenvolvidas pela Auditoria-Geral do Estado (AGE-MS)”, conta Patrícia, que completa.
“Em outras palavras, a confirmação do aprimoramento constante dos processos finalísticos eleva o nível dos resultados e, além de contribuir com o alcance dos objetivos estratégicos da gestão, agrega valor nas entregas para o cidadão que, normalmente, se consolidam por meio de políticas públicas”.
O que é o IA-CM
Além de analisar questões relativas à adequação legislativa, as auditoras abalizadoras do IA-CM verificaram quesitos como capacitação, qualidade, comunicação institucional e grupos de trabalho. inúmeros itens formam as qualificadoras desse instrumento universal – com princípios, práticas e processos globais – que aponta a efetividade e maturidade das auditorias no setor público.
“O objetivo da metodologia é promover a otimização dos trabalhos de gerenciamento da auditoria interna. Por isso, primeiro é feita uma avaliação pela própria equipe para verificar se todas as atividades consideradas essenciais para esse modelo estão implementadas. Em seguida, é feita a validação externa – etapa que desenvolvemos aqui”, explica a especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental que atua no grupo técnico de auditoria da CGE de Minas Gerais, Marília Junqueira.
O processo de validação do nível 2 do IA-CM na CGE-MS ocorreu em duas etapas, tendo sido iniciado na manhã da última quinta-feira (11) e finalizado na tarde do dia seguinte.
“Trata-se de uma metodologia conceituada e que foi muito debatida. Surgiu em 2009, mas já passou por atualizações em 2017 e 2019. Embora ela não seja um fim em si mesma, traz clareza para a gestão em relação às modificações necessárias para que os objetivos sejam alcançados com êxito. Nesse sentido, o resultado da CGE-MS foi bem positivo. Passamos dois dias validando todas as atividades realizadas pelo órgão e percebemos uma auditoria interna fortalecida e que atua com efetividade”, afirma a auditora de Estado da CGE do Ceará, Ana Luiza Cruz.
Thaiane Firmino, Comunicação CGE-MS
Foto: Thaiane Firmino
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