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Em comemoração ao Maio da Diversidade, a Cidadania realiza a primeira campanha “Sangue LGBTQIA+ Salva Vidas”. Neste sábado (18), o Hemosul estará aberto das 7h às 17h, para receber doadores de sangue, além de atualizar os dados para cadastro de medula óssea.
Idealizada pelo CEC LGBT+ (Centro Estadual de Cidadania LGBT), a campanha tem como objetivo fomentar a doação de sangue, cooperando com os estoques dos bancos de sangue, e principalmente desmistificar a associação de pessoas LGBTQIA+ à doenças.
“Apesar da homoafetividade não ser considerada doença desde 1990, foi somente em 2020 que pessoas LGBTQIA+ puderam fazer a doação de sangue, antes disso era proibido. Somente em maio de 2020, o STF (Supremo Tribunal Federal) entendeu como inconstitucional o impedimento à doação de sangue por homens que mantêm relações sexuais com pessoas do mesmo sexo”, explica a coordenadora do CEC, Gaby Antonietta.
Para a chefe do setor de Captação do Hemosul, Lucéia Fernandes, ações como essas são muito importantes para ajudar no número de doações e assim atender os hospitais.
“Lembramos que os nossos estoques estão em baixa, principalmente de O positivo e O negativo, e ações como essas fazem toda a diferença para nos ajudar no aumento desses estoques. Somos agradecidos por todos vocês que estão se mobilizando para trazer doadores para nós, e sejam todos bem-vindos nessa ação que com certeza será um sucesso”, enfatizou.
Para doar é preciso ter entre 16 e 69 anos e estar muito bem alimentado. Lembrando que adolescentes precisam estar acompanhados de pai ou mãe ou responsável legal. Embora a nova lei permita a doação de pessoas abaixo de 50 Kg, a Rede Hemosul-MS reserva-se o direito de aceitar apenas doadores com 51 kg ou mais, para a melhor utilização do sangue coletado e segurança do doador.
Homens podem doar até quatro vezes ao ano com um intervalo mínimo de dois meses. Mulheres podem doar até três vezes ao ano com um intervalo mínimo de três meses.
Para conferir os critérios básicos de doação, clique aqui.
A campanha de doação será realizada um dia depois da data histórica, quando em 17 de maio de 1990, a Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde declarou oficialmente que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio”, eliminando de vez da Classificação Internacional de Doenças.
Foi a partir desta decisão que o dia passou a ser simbólico para o movimento LGBT+ em todo o mundo, e em Mato Grosso do Sul, a data é lei desde 2011, quando foi instituído o Dia Estadual de Combate à Homofobia em Mato Grosso do Sul.
De 2011 para cá, todos os anos, o Governo do Estado promove o Maio da Diversidade, por meio da Subsecretaria de Estado de Políticas Públicas LGBTQIA+.
Coordenadora de Combate à LGBTQIA+fobia da SubsLGBTQIA+, Maria Tereza da Costa, explica que o Maio da Diversidade é um conjunto de ações para sensibilizar e conscientizar à população sul-mato-grossense sobre as demandas apresentadas pelas pessoas LGBTQIA+, e nesse contexto, fortalecer as políticas públicas voltadas para essa parcela tão vulnerabilizada da sociedade.
“É importante destacar que, com o objetivo de pôr fim a uma omissão histórica do legislativo nacional no que diz respeito às demandas apresentadas pela população LGBTQIA+, sobretudo, aquelas relacionadas a violência sofrida por esse segmento, o STF, no julgamento emblemático e conjunto da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão – ADO n. 26 e do Mandado de Injunção – MI n. 4.733, equiparou a homotransfobia também denominada de LGBTFOBIA+fobia ao crime de racismo. Então, a data também é utilizada para dizer basta de violência”.
Paula Maciulevicius, da Comunicação da Cidadania.
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